O Supremo Tribunal Federal designou o ministro Alexandre de Moraes como relator do caso Marielle Franco, assumindo a responsabilidade pela condução das investigações, visando responsabilizar os envolvidos no crime e esclarecer as motivações e o mandante do atentado. O inquérito foi encaminhado ao STF após novas evidências apontarem o possível envolvimento de um parlamentar federal com foro privilegiado. A identidade desse parlamentar não foi divulgada, e o caso está sob sigilo judicial.
A escolha do ministro relator ocorreu por sorteio entre os dez membros da Corte, excluindo o presidente Luís Roberto Barroso conforme estipulado pelo Regimento Interno. Anteriormente, o caso estava sob a relatoria da ministra Rosa Weber, mas com sua aposentadoria, passou a ser redistribuído. Moraes assume não apenas esse caso, mas também todas as ações e investigações relacionadas ao crime, incluindo a morte do motorista Anderson Gomes.
Moraes assume o caso num momento crucial, após anos de estagnação, especialmente com a delação de Élcio Queiroz, motorista do carro utilizado na perseguição à vereadora, já homologada pela Justiça, resultando em novas prisões. Os investigadores buscam também uma possível delação do ex-policial Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, cujas revelações iniciais ainda aguardam homologação judicial por parte de Moraes.
Apesar da transferência dos autos para o STF, a equipe da Polícia Federal que conduziu as investigações até o momento permanecerá à frente das diligências. O crime, que completou seis anos recentemente, continua sendo uma prioridade para a PF, refletindo o empenho contínuo na busca por justiça no caso de Marielle Franco e Anderson Gomes.