Ao participar da COP29, em Baku, no Azerbaijão, o Ministério dos Transportes, liderado por Renan Filho, reafirmou seu compromisso com a construção de um setor de transportes mais sustentável e resiliente às mudanças climáticas.
Com a Nova Contribuição Nacionalmente Determinada( NDC), o Brasil se compromete a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em até 67% até 2035, demonstrando um avanço significativo em sua agenda climática.
“É uma meta arrojada, mas, ao mesmo tempo, factível, pois permite o desenvolvimento do país, a geração de emprego e o crescimento da nossa economia, dado que somos ainda um país muito desigual, onde as pessoas precisam trabalhar e ter salários melhores”, apontou Renan Filho.
Ao adotar uma nova NDC mais ambiciosa, o Brasil reforça seu compromisso com a neutralidade climática, estabelecendo metas claras para reduzir suas emissões e contribuir para um futuro mais sustentável.
“Atuamos principalmente em duas direções. A primeira é fortalecer o modo ferroviário para tirar caminhão de estrada e colocar carga em ferrovia. Quanto mais a gente fizer isso, mais reduz a emissão de carbono. No plano para o desenvolvimento ferroviário, a gente deseja colocar até 40% da carga em ferrovias até 2035, o que vai garantir menos emissões”, disse Renan.
O estímulo ao uso de biocombustíveis é essencial para complementar as ações de sustentabilidade no transporte e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “Agora estamos constituindo no Ministério dos Transportes os corredores azuis, que vão garantir gás natural e liquefeito para abastecer caminhões que transportam as cargas brasileiras. Um caminhão a gás natural liquefeito, comparativamente a um que usa óleo diesel, emite 30% menos carbono, o que é muito importante para reduzir as emissões”, completou.
Durante a COP29, o ministro participou do COP30 Day, um encontro com os governadores da Amazônia Legal, promovido pelo Consórcio Interestadual da Amazônia Brasileira. “Tivemos COP em Dubai, Baku – regiões que exploram muito o petróleo – e em Paris – grande centro urbano cosmopolita. Agora, vamos ter a primeira COP na floresta amazônica, demonstrando que o Brasil tem muitos desafios e pode colaborar muito com a freada das mudanças climáticas”, finalizou.