Em homenagem às vítimas do acidente na Serra da Barriga, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a secretária de Estado da Mulher e Direitos Humanos, Maria Silva, iniciaram nessa segunda-feira (25), com um minuto de silêncio, a 89ª Reunião do Conselho Nacional da Igualdade Racial (CNPIR), no Palácio República dos Palmares, em Maceió. Esta é a primeira vez que o CNPIR realiza uma reunião fora do Distrito Federal.
A ministra Anielle Franco, presidente do CNPIR, ressaltou a importância do evento, agradeceu a presença dos membros e suplentes e reafirmou o apoio do Governo Federal ao Estado na implementação de políticas de igualdade racial.
“Este momento, embora aconteça num triste dia, é muito importante para que a gente continue lutando por igualdade, pensando em pautas que tragam dignidade, respeito e proteção, em especial na semana do dia 20, que representa resistência e luta para a gente”, acrescentou Anielle.
Representando o governador de Alagoas, a secretária Maria Silva destacou os compromissos do Governo Paulo Dantas com a igualdade racial e os esforços da secretaria para desenvolver políticas públicas nessa área. “Temos uma equipe bastante técnica e engajada para pensar em como o Estado pode atuar para o povo negro, povos originários e mulheres. Espero que Alagoas possa ter outra oportunidade de receber vocês”, disse Maria.
A reunião, que ocorre em três dias, já abordou temas como justiça climática e o Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos, além de apresentar o trabalho das subcomissões para a 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, prevista para julho de 2025.
Criado pela Lei nº 10.678, de 23 de maio de 2003, o CNPIR é um órgão colegiado e consultivo do Ministério da Igualdade Racial (MIR), composto por 44 membros, sendo 22 representantes do Poder Público Federal, 19 de entidades da sociedade civil organizada e 3 personalidades destacadas nas questões raciais. O principal objetivo do encontro é propor políticas para promover a igualdade racial, combater o racismo, o preconceito e a discriminação, reduzir as desigualdades raciais e acompanhar as ações relacionadas a esses temas.
A escolha de Alagoas para sediar o evento faz parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, que em 2024 passou a ser feriado nacional. Os eventos contam com o apoio da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI), da Fundação Banco do Brasil, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).