O ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, moveram um processo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por danos morais, solicitando uma indenização de R$20 mil, devido a acusações de que teriam se apropriado indevidamente de móveis do Palácio da Alvorada. A juíza responsável rejeitou o pedido, sugerindo que qualquer reivindicação deveria ser direcionada à União. A disputa envolve a localização dos móveis desde que a primeira-dama, Janja, expressou preocupação com o estado do Palácio e a falta de móveis originais.
Lula, por sua vez, relatou ter encontrado o Palácio desarrumado e móveis ausentes quando assumiu o mandato, mencionando que esperava encontrar a residência oficial em condições semelhantes às deixadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. No entanto, afirmou que não encontrou os móveis esperados e insinuou que poderiam ter sido levados pelo casal Bolsonaro. Em resposta, Michelle Bolsonaro afirmou nas redes sociais que todos os móveis estavam nos depósitos do Alvorada.
A defesa do casal Bolsonaro alegou que Lula ultrapassou os limites da livre manifestação do pensamento ao acusá-los sem evidências concretas. Enquanto isso, a oposição na Câmara denunciou Lula por falsa comunicação de crime e ato de improbidade administrativa, que foi refutada pela Presidência da República, que confirmou a recuperação de todos os bens do Palácio da Alvorada que supostamente estavam desaparecidos.
A falta dos móveis foi também citada como justificativa para a compra de móveis de luxo pelo novo governo, realizada através de dispensa de licitação. Enquanto Bolsonaro acusou Lula de espalhar fake news, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência não forneceu detalhes específicos sobre a localização dos móveis, apenas mencionando que estavam em diversas dependências do palácio, muitos deles em depósito.