Maceió ganhou notoriedade nacional devido a uma tragédia urbana: o afundamento do solo causado pela exploração de minas de sal-gema operadas pela Braskem. Desde 2018, mais de 14.000 residências tiveram que ser evacuadas, afetando cerca de 60 mil pessoas. Essa evacuação precipitada resultou na formação de verdadeiros bairros fantasmas. A demanda aquecida no mercado imobiliário da capital alagoana complicou a busca por novas moradias para os residentes deslocados.
Porém, segundo o blog Real Estate, da Veja Mercado, mesmo diante da catástrofe causada pela Braskem, Maceió continuou avançando e consolidou-se como um dos mercados imobiliários mais prósperos do Brasil. Em 2023, a cidade liderou em valorização, alcançando mais de 15% de aumento nos preços de residências e estabelecimentos comerciais, de acordo com o índice FipeZap.
De acordo com a jornalista Renata Firpo, atualmente, o preço médio do metro quadrado na cidade é de R$ 8.200,00, o que significa que um apartamento de 100 m² custa em média R$ 820.000,00. Para adquirir uma propriedade no bairro mais valorizado, Pajuçara, o comprador precisa desembolsar um valor ainda maior, dado que a média do metro quadrado nessa localidade se aproxima de R$ 10.000,00.
“Mesmo com a catástrofe da Braskem assolando a cidade, Maceió seguiu em frente e se consolidou com um dos mercados imobiliários mais desenvolvidos no Brasil. Uma das razões para essa valorização, sem dúvida, é a beleza natural do estado e da própria capital, que tem um dos litorais mais lindos do país. Maceió é uma cidade que merece todos os louros e deve mesmo seguir sendo valorizada, seja no mercado imobiliário, seja nos diversos setores da economia. Investir e adquirir um imóvel em uma localização valorizada é sempre um bom negócio, pois a chance de ter liquidez e ganhar dinheiro lá na frente é muito maior”, destacou.
No ranking do DataZap+, o Rio de Janeiro foi a capital com a menor valorização imobiliária ao longo do ano, registrando apenas um aumento de 1,48%. Isso certamente reflete a onda de violência urbana que assola a cidade fluminense, afastando investimentos em diversos setores, especialmente na compra e venda de imóveis.
Fonte – Extra