O Google Maps — serviço de mapas online da empresa — passou a disponibilizar a localização de algumas das minas utilizadas nas atividades de mineração da Braskem, apontada pelo Serviço Geológico do Brasil como a responsável pelo afundamento de pelo menos cinco bairros na capital alagoana.
As localizações das minas são mostradas apenas pesquisando por elas ou pelo nome da empresa no serviço que, embora ainda não revele todas as 35, já disponibiliza a localização de pelo menos sete dos poços de perfuração utilizados ao longo das últimas quatro décadas. São elas: 32, 3, 2, 16, 6, 28 e a 18, que colapsou no dia 10 de dezembro de 2023.
Vale ressaltar que qualquer pessoa pode adicionar novos locais ao serviço do Google utilizando um celular ou um computador, no entanto os locais passam por um processo de avaliação interna da empresa que leva em consideração principalmente a relevância da nova localização para a região e não existe prazo estimado para a inclusão de novos locais após a solicitação.
Antigos moradores do bairro do Pinheiro, por exemplo, estão utilizando o serviço para deixar “recados” aos que pesquisam sobre o assunto. Na Rua da Lira, é possível ver uma localização remarcada para “Após Braskem”, onde ao clicar, mostra como a rua está atualmente. Outra mensagem também foi marcada por moradores na Rua Santo Antônio com o nome “Braskem estragou tudo que tinha aqui”.
Das 35 minas de sal-gema da Braskem instaladas em Maceió, 11 ainda não tiveram o processo de fechamento finalizado. A mina 18 — que colapsou no dia 10 de dezembro — era uma delas. A empresa diz que segue o cronograma pré-estabelecido. O plano de fechamento total dos poços foi apresentado pela Braskem às autoridades e aprovado pela ANM (Agência Nacional de Mineração) em 2019.
Segundo a empresa, 70% do planejamento foi cumprido até agora. O prazo inicial era 2023 — mas, devido à recente movimentação do solo, foi adiado para 2025. O fechamento ainda não foi finalizado nas minas 9, 12, 16, 22, 23, 25, 26, 27, 28 e 33, conforme a empresa. Quanto à situação das minas, cinco foram preenchidas com areia (4, 7, 11, 17, 19), três estão em andamento (25, 27), e uma está pressurizada (2).
Cinco minas foram preenchidas naturalmente (5, 6, 8, 14, 24). No que diz respeito à pressurização e tamponamento, sete estão pressurizadas (1, 10, 13, 30, 31, 32, 35), enquanto oito estão em andamento (9, 12, 16, 22, 23, 26, 28, 33). Adicionalmente, algumas minas estão em acompanhamento técnico (3, 15, 20, 21, 29, 34).
Fonte – Extra