O Instituto Médico Legal (IML) de Maceió enfrenta uma crise humanitária preocupante, com mais de 100 cadáveres retidos devido à falta de vagas nos cemitérios da cidade. O Ministério Público divulgou um comunicado na última segunda-feira (25), revelando que 120 corpos permanecem nas instalações do IML enquanto as autoridades buscam soluções para a questão.
As discussões sobre essa situação delicada tiveram início no ano de 2021, quando o Ministério Público emitiu uma nota conjunta direcionada ao município e ao próprio IML, alertando sobre a falta de capacidade dos cemitérios de Maceió para receber novos sepultamentos. Desde então, esforços têm sido feitos para resolver o impasse e garantir um destino digno para os falecidos e suas famílias.
No ano de 2022, o então procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto, promoveu uma reunião com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública para discutir a necessidade urgente de ampliar as vagas nos cemitérios públicos da capital alagoana. Essa iniciativa demonstrou a gravidade da situação e a determinação das autoridades em encontrar uma solução adequada para o problema.
Além disso, o Ministério Público buscou apoio junto aos municípios vizinhos, que se comprometeram a colaborar fornecendo urnas funerárias e espaços para sepultamentos. Na época, 27 prefeitos da região manifestaram solidariedade e disposição em auxiliar no enfrentamento dessa crise humanitária.
Diante desse cenário, uma nova reunião está agendada para abordar de forma mais detalhada a situação dos cadáveres no IML e buscar alternativas viáveis para garantir um sepultamento digno para cada um dos falecidos. A urgência do problema exige a colaboração de todas as instâncias governamentais e da sociedade civil para encontrar soluções eficazes e humanitárias.