As fotos nas paredes dos gabinetes nem sequer amarelaram, mas, quase quatro anos depois, alianças firmadas em 2020 foram desfeitas e prefeitos e seus vices devem estar em lados opostos nas eleições do ano que vem em pelo menos cinco capitais, entre elas, Maceió, em Alagoas.
Na capital alagoana, o prefeito João Henrique Caldas (PL), o JHC, aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), viu seu ex-vice, Ronaldo Lessa (PDT), voltar aos braços do senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu antigo aliado e adversário de Lira, em uma movimentação que o deixará do lado oposto no próximo ano.
Eleito em 2020 vice de JHC, Ronaldo Lessa compôs a chapa ao governo em 2022 ao lado de Paulo Dantas (MDB), deixando a prefeitura. Em 2024, como vice-governador de Alagoas, ele apoiará o candidato escolhido por Renan contra JHC.
A situação se repete em outras quatro capitais, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 28, pelo jornal O Globo. No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) verá o seu ex-companheiro de chapa, Nilton Caldeira (PL), apoiando aquele que pode ser o seu principal adversário: o ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal, Alexandre Ramagem (PL), nome do ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa.
Em Teresina o rompimento de prefeito e vice foi ruidoso, com ataques mútuos. Na capital do Piauí, o vice Robert Rios (MDB) rompeu com a gestão de Dr. Pessoa (Republicanos) por discordar de atos de familiares do gestor dentro da prefeitura.
O duelo pela vaga de vice na chapa à reeleição do prefeito de Recife, João Campos (PSB), pode o afastar de vez da atual ocupante do cargo, a pedetista Isabella Roldão. Campos estuda ter um vice petista em 2024.
Situação parecida ocorre em Manaus, onde o prefeito David Almeida (Avante) tenta um acordo para contar com o apoio do PL de Bolsonaro no próximo ano. Para isso, precisará abdicar do seu atual vice, Marcos Sérgio Rotta (PP), na campanha em que tentará a reeleição.
Fonte – Extra