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Dos 1.065 falecidos em Maceió enterrados em 2023 nos oito cemitérios administrados pela prefeitura, 861 foram sepultados de forma inadequada diretamente na terra, o que representa cerca de 80% dos casos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 26, pela Agência Tatu.
O coordenador geral de Gestão de Serviços Funerários de Maceió, Tarcísio Palmeira, explica que a expectativa era de que novas vagas surgissem devido aos sepultamentos ocorridos em 2020 por vítimas de covid-19. No entanto, não aconteceu como esperado.
“A gente tem que fazer uma prorrogação de mais um ano para ver como vai ficar. Porque essas pessoas que foram sepultadas por Covid continuam em processo de decomposição pois. A gente vai abrindo enquanto vai vencendo os casos”, explica Palmeira.
Conforme a lei, uma nova cova só pode ser aberta após três anos do sepultamento. No caso das vítimas de Covid-19, sepultadas em sacos, o tempo de decomposição pode ser prolongado.
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Prefeitura conhecia o problema
A iminência de um colapso nos cemitérios de Maceió é de conhecimento da prefeitura. Ex-coordenador geral de Gestão de Serviços Funerários (CGGSF) da capital, Chrystiano Lyra fez o alerta e chamou atenção para o caso do cemitério no bairro Bebedouro em memorando protocolado em 17 de fevereiro de 2023.
O memorando relata a urgência na construção de um novo cemitério e ampliação do cemitério São Luiz, sob risco de colapso na rede funerária da capital. Doze dias após a data do documento, Lyra foi exonerado do cargo comissionado que ocupava.
Outro lado
Por meio de nota, a Prefeitura de Maceió por meio da Coordenação de Serviços Funerários do Município informou que segue com trâmites administrativos para a construção de um novo cemitério e que a taxa de sepultamento é cobrada conforme a Lei n°6.685, de 18 de agosto de 2017.
Fonte – Extra
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