O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou um recorde de R$ 4,9 bilhões em emendas parlamentares em um único dia, representando mais de 60% do orçamento do Ministério da Saúde no período de janeiro a abril. Destes, R$ 12,8 bilhões foram para emendas individuais e de bancada. Os recursos, provenientes do orçamento discricionário, foram compilados pelo portal Siga Brasil, considerando valores empenhados pela União e com destinação definida.
As emendas, obrigatórias, são direcionadas de acordo com os interesses dos congressistas, porém o governo decide quando liberá-las, geralmente em momentos estratégicos para obter apoio do Congresso. Enquanto os recursos do Ministério da Saúde seguem critérios claros, como necessidade e quantidade de procedimentos, as emendas permitem aos parlamentares escolher para onde o dinheiro vai sem tais requisitos.
Lula negou qualquer crise entre o Executivo e o Congresso Nacional, destacando a aprovação dos projetos governamentais conforme os interesses do governo, atribuindo isso à competência dos ministros e dos deputados em dialogar. Ele reconheceu o esforço dos parlamentares e enfatizou a importância das alianças políticas para governar.
Apesar das trocas de farpas e vetos derrubados pelos parlamentares, Lula ressaltou a colaboração entre os poderes e minimizou a tensão reportada pela imprensa, demonstrando uma postura conciliadora e reconhecendo o papel fundamental do Congresso na aprovação das pautas governamentais.