A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá concorrer à reeleição em 2026, desde que sua saúde permita. Durante entrevista à BBC News Brasil, ela destacou que vê o presidente em boas condições físicas e que essa será a única variável na decisão. “Ele será candidato se tudo estiver bem com a saúde dele. Ele sempre coloca essa questão. Eu tô vendo ele muito forte de saúde, então… É isso”, declarou Janja.
A afirmação foi feita em Tóquio, onde Janja acompanha Lula em visita oficial ao Japão. Essa é a primeira viagem internacional longa do presidente após um acidente doméstico sofrido em outubro, o que gerou preocupações sobre sua recuperação. Na capital japonesa, Lula cumpre agenda com o imperador Naruhito, a imperatriz Masako e o primeiro-ministro Shigeru Ishiba.
Críticas e justificativas sobre viagem antecipada
A ida de Janja ao Japão antes da comitiva presidencial gerou questionamentos da oposição. Ela chegou ao país uma semana antes de Lula, sem anúncio oficial da viagem, o que levantou suspeitas sobre transparência nos gastos públicos. A primeira-dama, no entanto, negou qualquer irregularidade e justificou a antecipação como uma medida econômica. “Obviamente, vim com a equipe precursora para economizar passagem aérea. Fiquei hospedada na residência do embaixador”, afirmou.
Além da agenda diplomática, Janja participou de um encontro com mulheres brasileiras residentes no Japão para discutir temas como violência doméstica. O assunto também foi levado por ela ao encontro com o imperador e a imperatriz, a pedido de Lula.
A fala da primeira-dama reforça a ideia de que Lula está disposto a buscar um novo mandato, caso sua saúde continue estável. O cenário político para 2026 ainda está indefinido, mas a declaração de Janja já movimenta as discussões sobre os rumos da próxima eleição presidencial.