O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está considerando a possibilidade de oferecer um ministério ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, como parte de uma estratégia política para fortalecer sua base de apoio no Congresso Nacional e neutralizar o papel do Progressistas (PP) nas eleições presidenciais de 2026. A medida visa garantir a governabilidade do governo e reduzir a possibilidade de alianças entre o PP e a oposição.
Fontes ligadas ao Palácio do Planalto indicam que a negociação para entregar uma pasta de relevância ao partido de Lira está em andamento. O Progressistas, com um peso significativo na articulação política na Câmara, tem sido visto como um partido crucial nas disputas eleitorais e, portanto, no fortalecimento da base governista. A decisão é considerada estratégica para o governo, que busca consolidar aliados e minimizar possíveis avanços da oposição no cenário político futuro.
O PP é atualmente considerado um dos partidos com maior potencial de influência nas eleições de 2026. A oferta de um ministério a Lira seria uma forma de evitar que o partido faça alianças com a oposição e, ao mesmo tempo, garantir que ele adote uma postura mais alinhada ao governo. Além disso, a medida teria como objetivo garantir maior estabilidade política e facilitar a aprovação de propostas no Congresso.
Arthur Lira ainda não se pronunciou oficialmente sobre a proposta, mas há movimentações nos bastidores que indicam uma aproximação entre o presidente da Câmara e o Executivo. No entanto, fontes internas do PP destacam a importância de preservar a independência partidária, o que pode ser um fator decisivo na negociação.
A possível inclusão do PP no governo tem gerado debates entre aliados e críticos. Enquanto uma parte da base aliada considera que a adesão do partido poderia fortalecer a coalizão governista, outros setores expressam preocupações sobre o aumento das demandas por cargos e recursos no governo. O equilíbrio político e a manutenção da unidade interna no Congresso serão desafios centrais para o governo de Lula nos próximos anos.