Surgindo como nome forte como pré-candidato a prefeito de Maceió, Anivaldo da Silva, conhecido como Lobão, concedeu entrevista a um podcast local nesta segunda-feira (26) e aproveitou a oportunidade para criticar a gestão do prefeito JHC.
Em suas falas, Lobão afirma que o gestor prioriza a realização de shows e grandes eventos, mas coloca de lado ações eficientes em regiões historicamente precarizadas, principalmente, durante o inverno, como Vila Brejal e Bom Parto. Ele responsabiliza ainda JHC e seus antecessores pela instável situação do Mercado da Produção.
Segundo ele, a má vontade e a falta de alinhamento político estão prejudicando o Mercado da Produção no recebimento de melhorias em sua estrutura. “A prefeitura não dialoga com o Governo do Estado e isso atrasa os benefícios para o povo. Então, por isso que Maceió nos últimos dois anos e meio está caminhando em passos lentos, onde a compensação é fazer shows”.
Ele aproveitou a chance ainda para falar seus planos para caso seja eleito prefeito, visando criar articulações entre os governos para melhorar a estrutura e solucionar problemas de alagamento no Mercado da Produção e na Levada.
Quando questionado sobre o cargo comissionado que ocupa na Assembleia Legislativa, Lobão revelou ser um dos assessores do presidente da casa, Marcelo Victor, declarando inclusive o valor que recebe para exercer a função.
Segundo ele, o salário é R$ 12.800 com os descontos, mas parte deste valor também é utilizado para ajudar na necessidade de pessoas carentes. “Eu sou um agente público e agora um servidor comissionado, que utiliza 30% deste valor para minha subsistência e a outra parte para resolver coisas na rua, como a manutenção na tenda do hortifruti e a lona do camelódromo da Palmares”.
Se apresentando como pré-candidato independente, ele conta um dos motivos da expressiva perda de votos que teve entre as eleições de 2016 e 2022. Para ele, um dos responsáveis pela diminuição de seu eleitorado foi um projeto para organizar os pontos de ônibus no Centro de Maceió, que devido a falta de transporte durante a pandemia, contribuiu negativamente nas urnas.
Ao ser questionado sobre a sua saída do MDB e anúncio como pré-candidato a prefeito de Maceió pelo partido Solidariedade, ele explica que faz parte de uma estratégia para desarticular o prefeito JHC, destacando que foi uma decisão independente e que suas convicções são respeitadas no cenário político.
“Estando no MDB, talvez o meu sonho de ser candidato a prefeito não poderia ser concretizado neste momento, porque não chegou a minha vez e o partido já tem os seus quadros. E para concorrer a um cargo majoritário teria que ser em outra legenda”, finalizou.
Fonte – Jornal de Alagoas