O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), demonstrou alinhamento com o governo ao celebrar, nas redes sociais, o crescimento de 2,9% do PIB brasileiro em 2023. Recentemente, ele assegurou do presidente Lula o cumprimento do calendário para emendas, celebrando o acordo em um jantar no Palácio da Alvorada com líderes partidários. Lira destacou o notável desempenho da agropecuária, responsável por um recorde histórico de crescimento de 15,1% em 2023, atribuindo o sucesso à supersafra e aos preços favoráveis no mercado internacional.
De acordo com Lira, a aprovação de medidas econômicas pelo Congresso Nacional também contribuiu para criar um ambiente positivo para o crescimento do PIB. Contudo, dentro do governo federal, observou-se que a menção ao setor agropecuário em seu tuíte poderia ser um aceno à bancada ruralista, visando à sucessão na presidência da Câmara. O Palácio do Planalto, no entanto, busca manter uma distância equidistante desse assunto para evitar possíveis obstáculos futuros.
Apesar disso, Lira planeja ativamente a sucessão e inclui o apoio do Planalto em seus cálculos. Sua preferência recai sobre Elmar Nascimento (União Brasil-BA), mesmo enfrentando rejeição em parte da base governista. Outra opção ganhando força é Marcos Pereira (Republicanos-SP), visto com simpatia pelos articuladores do governo devido à sua posição de destaque na Igreja Universal do Reino de Deus, o que poderia fortalecer a base do Planalto e isolar os bolsonaristas ligados ao pastor Silas Malafaia.
Concorrendo como outsider, o deputado Antonio Brito (PSD-BA) surge como uma alternativa viável na sucessão de Lira, beneficiando-se do fato de seu partido possuir três ministérios e de sua relação próxima com Gilberto Kassab, presidente da legenda e com laços de amizade com Lula.