A Braskem teve sua licença para demolir cerca de 14 mil imóveis desocupados suspensa pelo diretor-presidente do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, Gustavo Ressurreição Lopes. O afundamento na região de cinco bairros na capital alagoana tem danificado a estrutura das casas desde 2018. As informações são do Uol.
O processo para obtenção da licença foi protocolado pela Braskem em janeiro de 2023 e aprovado pelo Conselho Estadual de Proteção Ambiental em 14 de novembro do mesmo ano. No entanto, a atual situação do afundamento, especialmente na mina 18 da Braskem, apresentou números alarmantes: um afundamento acumulado de 2,16 metros e um aumento na velocidade vertical para 0,35 centímetros por hora, registrando um movimento de 8,6 centímetros nas últimas 24 horas, de acordo com a Defesa Civil de Maceió.
Desde 2018, mais de 14 mil imóveis nas áreas afetadas, incluindo Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Farol e Bom Parto, têm sofrido com rachaduras, levando à desocupação e necessidade de intervenção. Em 2019, a Braskem implementou um Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, resultando no pagamento de mais de 16 mil indenizações até o momento.
Até maio de 2023, apenas os imóveis com risco iminente de desabamento foram demolidos de forma emergencial. As demolições das construções sem risco iminente seguem o plano estipulado no Relatório de Impacto Ambiental, garantindo uma abordagem mais controlada e sustentável.
As atividades de demolição, parte do plano elaborado pela empresa, iniciaram em novembro e têm previsão de ocorrer ao longo de 36 meses, conforme estipulado, indicando um cronograma específico para a conclusão das ações planejadas.
Fonte – Extra