O vereador Kelmann destacou, na sessão ordinária desta terça-feira (25), a importância da Câmara Municipal discutir a elaboração do novo Plano Diretor para Maceió, sobretudo para evitar o crescimento desorganizado da Região Norte da capital alagoana.
Na última segunda-feira (24), o Ministério Público Estadual recomendou a suspensão das licenças ambientais e urbanísticas dos edifícios conhecidos como “espigões” que estão sendo construídos nos bairros de Guaxuma, Garça Torta e Riacho Doce.
Para o vereador Kelmann, a Câmara deve discutir e elaborar este novo Plano Diretor para, além de corroborar com as orientações do Ministério Público, regulamentar o desenvolvimento urbanístico da cidade. “Antes de iniciar essas construções de espigões, devem ser analisados os efeitos positivos e negativos dessas obras, sobretudo o impacto delas para as comunidades que já vivem nessa região e que, muitas vezes, não possuem o básico do serviço público”, disse.
O parlamentar ressaltou que a Câmara Municipal tem um papel fundamental nesse processo, pois é a casa do povo e a instância responsável por garantir que as leis urbanísticas sejam debatidas de forma transparente e democrática.
“A elaboração de um novo Plano Diretor não pode ser feita sem um amplo diálogo com a sociedade. A Câmara deve liderar esse debate, ouvindo especialistas, moradores e todos os setores envolvidos, para que possamos criar um planejamento urbano que favoreça tanto o desenvolvimento econômico quanto a qualidade de vida da população”, afirmou Kelmann.
O vereador também destacou que a Região Norte de Maceió possui um grande potencial turístico e ambiental, o que exige um crescimento planejado para evitar impactos negativos. “Não somos contra o desenvolvimento da cidade, mas ele precisa acontecer de maneira ordenada e sustentável. A Câmara tem a responsabilidade de garantir que as futuras gerações encontrem uma cidade melhor, com infraestrutura adequada, mobilidade eficiente e respeito ao meio ambiente”, completou.
Kelmann reforçou ainda que a construção de grandes empreendimentos sem um planejamento adequado pode sobrecarregar os serviços públicos, como saneamento, abastecimento de água e transporte. Por isso, defendeu que o novo Plano Diretor contemple medidas para equilibrar o crescimento urbano com a preservação dos recursos naturais e a valorização das comunidades locais.
A expectativa é que a proposta de revisão do Plano Diretor deve ser debatida em audiências públicas nos próximos meses, com a participação da sociedade civil e de órgãos competentes.