O índice Ibovespa renovou o recorde de fechamento, ultrapassando a marca dos 132,7 mil pontos, em alta de 0,43%, impulsionado pelas ações do Itaú (1,59%), da Petrobras (0,96%, a ação preferencial) e Itaúsa (1,49%). Com agenda interna esvaziada, o indicador brasileiro acompanhou o desempenho das bolsas de Wall Street, como foi a tônica da semana.
O Ibovespa também quebrou outra máxima histórica durante sessão, quando a atingir a também inédita marca dos 133.000 pontos. Excetuando-se uma correção muito significativa na próxima semana, o indicador se encaminha para fechar o ano com a melhor performance desde 2019. Este ano, o indicador acumula mais de 20% de ganhos.
Nos Estados Unidos, a leitura abaixo das expectativas do PCE (Personal Consumption Expenditures), que é um dos dados sobre inflação preferidos do Federal Reserve, ajudou a manter o ânimo dos investidores e aprofundou as apostas em torno do início do ciclo de afrouxamento monetário por lá em março do ano que vem.
O núcleo do deflator PCE ficou em 3,2% em novembro, abaixo da estimativa de 3,3% na comparação anual. Com isso, a curva futura americana passou a precificar um corte 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros a partir de março de 2024.
Com o movimento nas taxas, o dólar estendeu a desvalorização frente às principais moedas do mundo. Na semana, a moeda americana registrou queda superior de 1,7% contra o real. Só nesta sexta-feira, 22, a divisa dos Estado Unidos recuou mais 0,42%, para encerrar o dia cotada a R$ 4,86.
Por aqui, os juros futuros médios e longos também caíram, em contraposição à leve alta no rendimento dos títulos americanos nesses prazos. Na ponta curta, os vencimentos de até um ano operaram próximo à estabilidade com leves quedas de até dois pontos base. A curva recuou levemente em direção a uma taxa Selic de 9% ao final do ciclo de cortes do Banco Central, precificado para acontecer em janeiro de 2025.
Fonte – O Antagonista