O homem que morreu após detonar explosivos nas imediações do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (13) alugou recentemente uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes. A informação foi confirmada após uma operação da Polícia Militar na madrugada desta quinta-feira (14), quando artefatos explosivos do mesmo tipo usados no atentado foram encontrados na residência.
O incidente teve início com a explosão de um veículo no estacionamento localizado entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. O carro, que estava no nome de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, explodiu por volta das 19h30. Luiz, que era candidato a vereador pelo PL nas eleições de 2020 em Santa Catarina, foi identificado como a vítima fatal tanto da explosão do veíc’ quanto da detonação ocorrida minutos u-pois na Praça dos Três Poderes.
Tentativa de Ação no STF
Antes de se dirigir ao STF, Luiz tentou acessar o prédio e, segundo testemunhas, exibiu explosivos presos ao corpo a um vigilante. Ele também lançou vários artefatos na área externa do edifício e, em seguida, acionou uma bomba na região da nuca, resultando em sua morte no local.
A Polícia Civil revelou que Luiz havia enviado mensagens pelo WhatsApp, antecipando sua ação e manifestando intenção de cometer suicídio juntamente com o atentado. Após o incidente, a área foi isolada e equipes de esquadrões antibombas realizaram uma varredura na região para garantir a segurança.
Segurança Reforçada e Investigações
O atentado gerou pânico na região, e as sessões da Câmara e do Senado foram suspensas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não estava no Planalto no momento da explosão, determinou o reforço da segurança no Palácio, com a presença de militares do Exército.
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar as explosões e enviará o caso ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. Até a última atualização da matéria, o corpo de Francisco Wanderley Luiz ainda não havia sido retirado do local devido à necessidade de preservar provas.