O ex-deputado estadual Davi Maia montou uma chapa de deputado estadual nas eleições de 2022 para fazer quatro vagas. Fez três. Por um “erro de cálculo”, ficou na primeira suplência, fora do mandato, mas não dá política.
Maia fez o que tinha de fazer para montar sua reeleição, mas quem é do ramo sabe o quanto ele se dedicou para viabilizar a chapa majoritária do União Brasil no primeiro turno, com Rodrigo Cunha e Jó Pereira como candidatos a governador e vice.
A votação abaixo do esperado foi uma sinalização de que Davi deu mais ao grupo do que recebeu. O sentimento de que foi deixado de lado, levou o ex-deputado a se afastar do grupo e a se aproximar do governador Paulo Dantas ainda no segundo das eleições do ano passado.
Crítico do governo de Renan Filho, Maia não assumiu nenhum cargo no governo, mas foi escalado para fazer o que mais gosta: articular a próxima eleição de Maceió, de prefeito e vereadores. Fez isso – e bem em 2020 – quando foi um dos principais responsáveis, literalmente, pela eleição de JHC.
Os caminhos da política – incluindo o o sentimento de falta de reciprocidade – levaram Maia a mudar de grupo e ele irá para as próximas eleições com o objetivo de derrotar seu antigo aliado, a quem conhece muito bem.
O trabalho de Davi, que tem o aval do Palácio dos Palmares, já começou. Ele combinou o jogo com governador Paulo Dantas (MDB) e já começa o “aquecimento”. O reforço da oposição na Câmara de Vereadores de Maceió que será visto nos próximos dias terá com certeza muito do seu trabalho. Maia quer mais. Ele não esconde de ninguém que se não conseguir derrotar JHC vai atuar para deixar ele, no mínimo, manco – politicamente, claro. Mas essa é outra história.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior