Recém-empossado presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro alagoano Humberto Martins mal teve tempo de esquentar a cadeira e já viu seu nome atrelado em um esquema milionário de corrupção dentro de sua própria corte.
Um dos alvos da Lava Jato, o filho do magistrado, o advogado Eduardo Filipe Alves Martins, de 30 anos, é acusado de receber cerca de R$ 82 milhões da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio). O dinheiro seria pago para Eduardo Martins interferir em decisões de ministros, fato que põe em xeque a postura daqueles que compõem a corte, incluindo o próprio pai do advogado.
Os escritórios de advocacia de Eduardo Martins em Maceió, Rio e Brasília foram vasculhados na quarta-feira, 9, por agentes da Polícia Federal durante a Operação E$quema S, que teve a participação da Receita Federal e do Ministério Público Federal (MPF).
Eduardo Martins é sócio do escritório de advocacia Martins, no Lago Sul, em Brasília, e no Edifício The Square, na Jatiúca, em Maceió. Segundo denúncia do MPF, o filho do ministro Humberto Martins integrava uma organização criminosa que tinha por finalidade a prática de estelionato, peculato, tráfico de influência, exploração de prestígio, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Fonte – Extra