A assistente social Maria das Graças Conceição dos Santos foi a personagem principal da reportagem que abriu o Fantástico deste domingo (foto). Ela mora em Maceió e contou o pesadelo que vive depois de cair no golpe do Jogo do Tigrinho. “Parece que você tá brincando, mas nessa brincadeira o seu dinheiro vai”, diz ela em entrevista à repórter Giuliana Girard, que veio à capital alagoana para contar a história.
O jogo é um caça-níquel online que virou febre pelo Brasil. E nada tem de brincadeira. Um dado essencial para explicar o sucesso do negócio é o trabalho de influenciadores que incentivam gente de todos os perfis sociais. Todo santo dia aparecem casos de pessoas que perdem até o patrimônio da família ao embarcar na jogatina virtual. Os influenciadores contam que ganharam milhões com o “inocente” Tigrinho.
Para conseguir jogadores, a turma de influencers posa nas redes sociais com carrões que custam acima de 1 milhão de reais. Mas essa riqueza toda não vem da sorte no jogo. Eles são pagos por empresas justamente para enganar seus seguidores, convencendo-os a embarcar na ilusão de ganhar muita grana. Parece fácil, mas é um golpe. Falei de empresas, mas na verdade são organizações criminosas, segundo a polícia.
Como o CM informou na semana passada, a Polícia Civil de Alagoas deflagrou a operação Gamer Over, que apreendeu carros, joias, uma lancha, celulares, dinheiro e passaportes de vários suspeitos no esquema. As buscas ocorreram em cinco bairros da capital e no município de Marechal Deodoro. Os bens apreendidos somam mais de 38 milhões de reais. Foi esta operação que provocou a reportagem do Fantástico.
Fonte – Cada Minuto