Com 8 casos de câncer, sendo 5 deles colorretais, uma família de Alagoas está em uma busca para descobrir a causa subjacente dessa doença. A principal suspeita recai sobre uma síndrome genética que aumenta significativamente o risco de desenvolver diversos tipos de tumores malignos. O caso foi revelado nesta segunda-feira, 27, pelo portal UOL.
Rosa Maria de Lima Silva, contadora e educadora de 62 anos, compartilha a trajetória vivenciada por sua família. O primeiro embate com o câncer ocorreu em 2004, quando o irmão de Rosa, Mário, foi diagnosticado com um tumor no cólon direito.
Cinco anos mais tarde, foi a vez dela mesma enfrentar a doença. Em pleno auge de sua vida pessoal e profissional, aos 47 anos, Rosa descobriu um tumor no útero, resultando na remoção do órgão por recomendação médica. Desde então, Rosa enfrentou uma série de desafios, incluindo complicações intestinais decorrentes do tratamento.
Ela não está sozinha nessa jornada. Dos 11 irmãos, 6 foram diagnosticados com algum tipo de câncer, incluindo casos de câncer de ovário, próstata e útero. Diante dessa alarmante incidência, a família buscou respostas. Um dos sobrinhos, Talmy, foi diagnosticado com síndrome de Lynch, uma condição genética associada ao desenvolvimento de vários tipos de câncer.
No entanto, apesar da recomendação médica para que todos realizem o teste genético, alguns familiares ainda relutam, demonstrando medo e resistência. Herbeth Toledo, gastroenterologista responsável pelo acompanhamento da família, ressalta a importância do estudo genético em casos como esse.
Ele destaca que muitos dos casos de câncer colorretal chegaram em estágios avançados, dificultando o tratamento. A identificação precoce de uma condição genética predisponente pode abrir caminho para estratégias de prevenção mais eficazes.
A síndrome de Lynch, uma das principais suspeitas nesse caso, é uma condição hereditária que aumenta o risco de desenvolver câncer colorretal, entre outros tipos de tumores. Embora não haja cura para essa síndrome, medidas preventivas, como exames de rastreamento mais frequentes, podem ajudar a detectar precocemente a doença, aumentando as chances de tratamento bem-sucedido.
Fonte – Extra