O assassinato do empresário Kleber Malaquias completa um mês sem que a polícia tenha identificado o pistoleiro ou o mandante da empreitada criminosa consumada no dia 15 de julho último, no restaurante Casa da Buchada, em Rio Largo.
O delegado que investiga o homicídio pediu prorrogação do inquérito policial para concluir as investigações, mas por se tratar de crime de mando com motivação política, como acredita a família da vítima, dificilmente será esclarecido.
Pelo nome dos possíveis mandantes é quase certo que a investigação policial siga o mesmo caminho de outros 15 mil inquéritos que estão adormecidos nas delegacias de Alagoas, cujo destino é o arquivamento por falta de provas.
Para ficar apenas nos últimos crimes de repercussão até hoje não esclarecidos, vale lembrar os assassinatos do vereador Neguinho Boiadeiro, em Batalha, e do empresário Rodrigo Alapenha, em Delmiro Gouveia.
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Criminalística revela que a elucidação dos crimes de homicídios no Brasil não chega a 10%.
Este percentual é de 65% nos Estados Unidos, 90% na Inglaterra e 80% na França. E mais: a quase totalidade dos homicídios esclarecidos decorre de prisão em flagrante e da repercussão do caso nos meios de comunicação.
Já é consenso entre as autoridades da área criminal a tese de que os infindáveis prazos de conclusão de inquéritos existem para a proteção dos criminosos, sobretudo os mandantes.
Espera-se que não seja este o destino final da investigação que apura a execução de Kleber Malaquias.
Fonte – Extra