O ex-ministro da Integração Nacional do Brasil, Geddel Vieira Lima, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a Polícia Federal (PF) divulgue o número de telefone utilizado para fazer a denúncia anônima responsável por levar à descoberta o apartamento com mais de 51 milhões de reais, em Salvador, na operação “Tesouro Perdido”.
O pedido de Geddel faz parte da estratégia dos advogados para tentar anular a operação. Além de querer saber o número do telefone utilizado para a denúncia, o ex-ministro também quer saber a identidade do agente policial que atendeu a ligação e quer acesso aos materiais encontrados pela PF com impressões digitais. De acordo com os investigadores, as marcas encontradas no apartamento e nas notas apreendidas foram identificadas como do próprio Geddel, de seu assessor e de um intermediário do ex-ministro.
A defesa de Geddel Vieira Lima suspeita da denúncia anônima. Os advogados questionam o fato de as informações sobre o local do imóvel terem chegado aos policiais apenas 2 dias depois de a Justiça mandar soltar o ex-ministro, que estava preso preventivamente.
Os advogados alegam ainda que os investigadores tinham obsessão em prender Geddel novamente. Por isso, a defesa quer ter a certeza de que a denúncia anônima realmente aconteceu.
A apreensão dos 51 milhões é a maior já realizada pela Polícia Federal. Após a apreensão, o ex-ministro voltou para a prisão. Os 3 pedidos de Geddel serão analisados pelo ministro do STF, Edson Fachin, que é relator da investigação.