
Um levantamento realizado pela Casa Civil e pelo Ministério das Cidades identificou que 46 municípios de Alagoas apresentam riscos para deslizamentos, enxurradas e enchentes. O estudo, divulgado 10 meses atrás, aponta que Maceió está entre as dez cidades brasileiras com mais áreas suscetíveis a esses eventos, ocupando a sexta posição no ranking nacional. Na capital alagoana, 70.343 pessoas, o equivalente a 7,3% da população, vivem em áreas de risco. O levantamento, porém, não especifica se os bairros afetados pela mineração da Braskem estão incluídos na análise.
Além de Maceió, União dos Palmares se destaca como o segundo município do país com maior número de habitantes em áreas de risco para enxurradas e inundações, com 16.190 moradores expostos. Outras cidades alagoanas com grande vulnerabilidade incluem São Luiz do Quitunde (7.239 pessoas), Matriz de Camaragibe (6.384), São José da Laje (4.859), Murici (5.478), Maragogi (2.700) e Atalaia (3.064). O estudo, que abrange todo o Brasil, revelou que 8,9 milhões de pessoas vivem em locais sujeitos a desastres naturais, representando 6% da população nacional.
A pesquisa utilizou dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Serviço Geológico do Brasil e da Agência Nacional de Águas (ANA), e servirá como base para priorizar investimentos em infraestrutura no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O governo federal alerta que a intensificação dos eventos climáticos extremos exige ações coordenadas para mitigar os impactos e evitar tragédias ambientais, como as que resultaram em 3.890 mortes e 8,2 milhões de desalojados ou desabrigados no país entre 1991 e 2022.