O deputado Ronaldo Medeiros (PT) intensificou sua campanha contra a escala de trabalho 6×1, classificando-a como “desumana e análoga à escravidão”. Em pronunciamento na Assembleia Legislativa de Alagoas nessa terça-feira (12), o parlamentar fez um apelo direto à bancada federal alagoana para que apoie a PEC que visa modificar este regime de trabalho.
A proposta em discussão no Congresso Nacional busca alterar a Constituição Federal, reduzindo a jornada atual de 44 horas semanais para 36 horas, distribuídas em quatro dias de trabalho. “Um trabalhador que atua seis dias e folga apenas um não consegue estudar, cuidar da saúde ou ter tempo de qualidade com a família. É um modelo que precisa ser superado”, argumenta Medeiros.
O deputado destacou experiências internacionais bem-sucedidas com jornadas reduzidas, enfatizando que o modelo 4×3 já é realidade em diversos países sem prejudicar a produtividade das empresas. “Esta mudança é fundamental para garantir qualidade de vida aos trabalhadores brasileiros”, defendeu.
A PEC em questão propõe limitar a jornada diária a 8 horas, mantendo um teto de 36 horas semanais. Para Medeiros, a aprovação desta proposta representaria um avanço significativo nas relações trabalhistas do país. “É hora de modernizar nossas leis trabalhistas e garantir condições mais dignas aos trabalhadores”, concluiu.
“A PEC está sendo muito falada, debatida, não só no Congresso, mas em todo o Brasil”, afirmou Medeiros. “Milhares de brasileiros trabalham 6 dias na semana e tem um dia de folga apenas. Então, o trabalhador que exerce esse tipo de atividade não pode estudar e nem teria tempo para conviver com a família ou cuidar de sua saúde. É um tipo de trabalho correlato a escravidão”, criticou Medeiros sobre o modelo permitido no Brasil.
“Com dias de folga, o trabalhador tem tempo para cuidar da sua saúde, tem tempo para estudar em casa, tem tempo para ficar com a família. Onde fica a qualidade de vida de um trabalhador que passa seis dias trabalhando e folga um? Deixo aqui o nosso apelo aos senadores e aos deputados federais de Alagoas para que aprovem a PEC”, conclui Medeiros.
Fonte – Jornal de Alagoas