A Polícia Federal voltou atrás e informou, por volta das 17h20 desta quinta-feira (1º), que os R$ 4 milhões encontrados na manhã de hoje em um cofre, durante operação em Brasília, não pertencem a Luciano Ferreira Cavalcante, ex-assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
À CNN, o advogado André Callegari, que defende Luciano Cavalcante, diz que seu cliente não tem relação com a empresa que foi alvo da operação da PF.
“Ele [Cavalcante] não foi alvo de mandado de prisão. O único objeto do mandado era de busca e apreensão, que foi cumprido no flat onde ele residia. Não foi encontrado esse montante [de R$ 4 milhões], tão pouco o cofre pertence a ele”, afirmou Callegari.
A ação da PF investiga uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações para a compra de equipamentos de robótica e lavar dinheiro em Alagoas. Mais de 110 agentes e 13 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram 29 mandados de busca e apreensão e dois de prisão em Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal.
A empresa Megalic, de Alagoas, foi responsável por receber dinheiro destinado aos equipamentos de robótica. A ação desta quinta-feira começou a ser montada há cerca de duas semanas, segundo pessoas com conhecimento da investigação.
À CNN, Callegari disse ainda que a defesa não teve acesso nem ao inquérito da PF e nem à decisão judicial. Segundo ele, quando os policiais foram ao flat de Cavalcante em Brasília, eles estavam apenas com o mandado de busca e apreensão, mas sem a decisão judicial que fundamentava o ato.
A Polícia Federal informa que os vídeos enviados à imprensa são referentes à apreensão realizada em endereço alvo de busca e apreensão na cidade de Maceió.
Mais cedo, a CNN informou, com base nas informações fornecidas pela Polícia Federal, que o dinheiro encontrado pertencia a Luciano Cavalcante. A CNN pede desculpas pelo erro.
Fonte: CNN