Nesta sexta (28), o Ministério Público de Alagoas recebeu uma denúncia contra a empresa baiana Intermarítima pela movimentação de coque de petróleo sem tomar as devidas medidas de segurança ambiental no Porto de Maceió.
Segundo a denúncia encaminhada ao MPAL, a empresa estaria armazenando 18 mil toneladas de coque de petróleo a céu aberto, correndo o risco severo de contaminação do ar, já que sua poeira é tóxica, e também das águas pluviais e marítimas pois, caso venha a chover o coque se diluirá na água e escoará pelo pátio chegando ao mar e a rede de escoamento de água de chuvas.
Ainda de acordo com o documento, a movimentação desse material no Porto de Maceió nunca antes foi realizada justamente por não haver condições de segurança para que ela fosse posta em prática.
“No local não se vê nenhum equipamento de prevenção e combate a incêndio, não há um efetivo controle da dispersão da poeira do coque de petróleo que causa doenças respiratórias. Além disso, caso chova não há barreiras físicas que impeçam que o coque em contato com a chuva contamine o solo, as águas pluviais e do mar, e não se sabe se são realizados os monitoramentos obrigatórios e a gestão de resíduos e drenagem, nem se há plano de emergência e gerenciamento de riscos”, destaca a denúncia.
A Intermarítima já foi alvo de autuações anteriores por infrações ambientais. Diversos crustáceos apareceram mortos na orla de São Tomé de Paripe, em Salvador, em 2023. Houveram denúncias de moradores da região indicando que uma possível contaminação da água por descarte de produtos químicos seria a causa para as mortes.