Preocupado com a notícia de que a Petrobras irá vender seus campos de exploração de gás e petróleo em Alagoas, o senador Rodrigo Cunha teve hoje uma reunião com o diretor da Petrobras Roberto Ardengly para buscar esclarecimentos sobre como ficam esses ativos e os empregos de quem hoje trabalha nessas plantas e em toda a cadeia produtiva petróleo e gás. O diretor explicou que, com a crise e a queda do preço do petróleo, a estatal tem sido obrigada a focar em investimentos grandes, especialmente os do pré-sal. Ardengly garantiu, no entanto, que os leilões em Alagoas serão bem-sucedidos porque são atrativos, e informou que várias empresas já manifestaram interesse no negócio.
“Essa noiva vai ter vários pretendentes”, brincou Ardengly.
O senador alagoano questionou sobre que garantias terão os cerca de 4.500 funcionários que hoje estão ligados a essa exploração. A Petrobras informou que os funcionários da estatal poderão ser transferidos para outras unidades. E que os terceirizados também têm chances de serem absorvidos pela nova empresa que assumir o negócio, devido à experiência que já acumularam trabalhando nesses locais.
“Estão sendo colocados à venda campos que eram tidos como produtivos. Nossa preocupação é com esses 4.500 funcionários que temos notícia que trabalham nessas unidades e sobre o tipo de garantia que terão sobre seus empregos a partir de agora”, questionou Rodrigo Cunha.
A Petrobras tem hoje 7 campos de petróleo e gás, incluindo duas estações de tratamento em Pilar e Furado, bem como uma unidade em São Miguel dos Campos. Segundo a diretoria da estatal, todos esses ativos são atraentes para a iniciativa privada, e portanto têm grande potencial para seguirem em funcionamento, passando da estatal para uma empresa de menor porte.
O leilão em Alagoas obedecerá uma série de fases e durará em média um ano, até que seja feita a transição da Petrobras para a nova empresa que tocará a exploração. Segundo Fernando Borges, da Diretoria e Gerência de Relacionamento Institucional da Petrobras, a estatal tem feito esse movimento de vender seus ativos em todo o Brasil e em casos como os de Alagoas, em que as unidades são produtivas, o resultado tem sido positivo porque empresas privadas que entram na concorrência têm em geral maior capacidade operacional e robustez financeira do que a estatal tem neste momento.
Fonte – Blog do Bernardino