Elon Musk expressou preocupação durante uma conversa com aliados brasileiros, sugerindo a possibilidade de os Estados Unidos imporem sanções políticas e econômicas ao Brasil devido ao que ele descreveu como uma “ditadura” praticada pelo ministro Alexandre de Moraes, em colaboração com o governo Lula. Essas sanções seriam semelhantes às aplicadas à Venezuela após a Suprema Corte venezuelana impedir a candidatura da principal figura da oposição a Nicolás Maduro, Maria Corina Machado, resultando em punições dos EUA ao país sul-americano.
A perspectiva de sanções ao Brasil ganhará mais destaque se Donald Trump retornar à Casa Branca, dada sua proximidade com a família Bolsonaro e Elon Musk. No entanto, se Joe Biden permanecer no poder, é improvável que os EUA adotem uma postura agressiva contra o governo Lula, devido às boas relações diplomáticas entre os dois líderes. Recentemente, pesquisas de intenção de voto indicaram um empate técnico entre Biden e Trump.
A possibilidade de sanções levou o PSol a solicitar ao ministro Alexandre de Moraes a inclusão do deputado Eduardo Bolsonaro em um inquérito que investiga tentativas de golpe de Estado. O partido citou uma reportagem da Agência Pública, alegando que Eduardo havia ido aos Estados Unidos para articular restrições ao governo Lula junto a parlamentares norte-americanos. Eduardo negou essas acusações.
Apesar das recentes declarações de Elon Musk sobre a suposta pressão exercida por Alexandre de Moraes para bloquear perfis de políticos de oposição a Lula, a discussão sobre o impeachment do ministro do STF não deve avançar no Senado. Mesmo os parlamentares bolsonaristas evitam pautar o afastamento de Moraes, dada sua ampla base de apoio entre os senadores.