Fragilizado politicamente, o ex-governador Ronaldo Lessa e pré-candidato do PDT à Prefeitura de Maceió, Ronaldo Lessa, segue sua peregrinação em busca de partidos – não importa se de esquerda, direita ou centro-, que acreditem no seu projeto e aceitem uma composição na disputa majoritária. Derrotado nas urnas em 2018, Lessa tenta usar seu histórico político para dar a volta por cima.
Apesar de toda experiência na vida pública, os partidos de peso ainda não conseguem ver em Lessa um bom nome para a composição política em 2020, restando ao pedetista algumas poucas siglas ligadas aos “nanicos” da extrema esquerda e centro-esquerda. Até a data limite das convenções, em setembro, o calvário de Lessa por apoio político continua.
Acordo do PSB com Ciro pode enfraquecer candidatura de Lessa
Se já estava difícil se aliar a outra legenda maior para apoiá-lo, Lessa agora aguarda também o desfecho de uma suposta aliança que estaria nascendo em nível nacional com o PSB, comandado por JHC em Alagoas. O acordo é para, em 2022, os socialistas apoiarem a eleição de Ciro Gomes à Presidência da República.
Ronaldo, independente destas articulações nacionais, continua trabalhando, pois confia no que conversou com o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, em Brasília. Se encontrar viabilidade para sua candidatura, o PDT apoiaria a candidatura de Lessa. E a boa colocação nas pesquisas lhe dá essa perspectiva.
Mas, até o momento, a frente ampla que o ex-governador esperava montar antes das convenções, até sem descartar o Democratas de Thomaz Nonô e Davi Maia, não avançou, ficando apenas no papel. O leque de partidos para apoiá-lo, em tese, era grande, mas só conseguiu ventilar especulações dos pequenos partidos.
Um deles, o PSOL, busca até o último instante uma aliança que viabilize a indicação da ex-reitora da Ufal, Valéria Correia, como vice de Ronaldo Lessa. Assim, marchariam ao lado do PCB e, até em última possibilidade, com a Unidade Popular.
Reviravolta
Internamente, porém, o PDT não descarta uma reviravolta. É que a Rede, comandada pela ex-senadora Heloísa Helena, já manifestou apoio a Ronaldo. Mas, não quer indicar o vice nessa composição. Entretanto, há quem acredite que, juntos, Ronaldo e Heloísa, podem reascender a empatia que os fizeram vencer em 1992.
Mantida
Mas, no início da tarde deste sábado, a pré-candidata do partido Unidade Popular, Lenilda Luna (UP), reafirmou que vai disputar o 1° turno das eleições. “Minha candidatura é irretirável”, disse ela em tom bem humorado.
Sobre uma frente com partidos de esquerda, ela demonstrou que até poderia ocorrer, porém, sem nenhuma outra legenda que não tem a ideologia socialista em sua essência. Entretanto, segundo Lenilda, o PDT, por exemplo, já havia demonstrado a necessidade de ampliar o espectro de apoio.
Fonte – GazetaWeb