Partes do edifício que abrigou o banco estatal Produban, pertencente ao Estado, correm o risco de se desprenderem a qualquer momento, causando acidentes em uma das áreas mais movimentadas no Centro de Maceió: a rua Oliveira e Silva, próxima à Assembleia Legislativa.
As conclusões são da Defesa Civil Estadual, após vistoria técnica realizada em 9 de abril. O prédio está desocupado, um acidente deste tipo aconteceu em 22 de janeiro, sem vítimas, mas outros podem ser registrados, caso não haja reforma do edifício e o isolamento da calçada que passa ao lado, além de intervenções no local o mais rápido possível.
Há também acúmulo de material inflamável- cadeiras acolchoadas depositadas no andar térreo- cercado de fiações elétricas expostas, com potencial de curto-circuito e sem itens ou equipamentos de segurança em caso de incêndio.
Segundo a Defesa Civil, o alojamento dos vigilantes que se revezam na guarda do bem público oferece risco aos profissionais; há vidros quebrados e as pontas expostas, além de tapumes de madeira improvisando o isolamento de algumas áreas; e bastante água parada, com fezes de animais.
Os técnicos que avaliaram as condições do edifício dizem que há riscos de queda para visitantes, como no poço do elevador, ausência de vãos nas escadas e aberturas para a área externa.
A Defesa Civil sugere intervenção imediata no edifício, incluindo restauração, além de telas de proteção pela fachada, limpeza e proteção do patrimônio.
O espaço segue aberto para a posição do Governo.
O Governo incluiu o prédio em uma lista de imóveis que vai a leilão. Ele é avaliado em R$ 10,4 milhões, incluindo terreno e benfeitorias.
Há anos o governo não tem interesse em reformar este imóvel. Muitos argumentos pesam nos pratos desta balança de interesses. Um deles: a segurança em caso de incêndio. Outro: qualquer intervenção neste prédio, com 10 pavimentos e construído há 30 anos, sai mais cara que a avaliação.
O prédio do antigo Produban ocupa 6.254,84 metros quadrados e o estacionamento é improvisado no canteiro esquerdo da Rua Oliveira e Silva. Segundo laudo do governo, a oportunidade é única: está em uma região de grande expansão imobiliária, entre casas e residências, e “possui uma boa liquidez e absorção pelo mercado de 6 a 8 meses”.
Em 21/4 parte do prédio que abrigou o Hotel Atlântico, na praia da Avenida, desabou. Ninguém ficou ferido. Uma situação anunciada, disse o Ministério Público Estadual: há 35 prédios pertencentes a particulares com risco de desabamento.
Fonte – Extra