O senador Renan Calheiros conseguiu mais uma vez. A Braskem será alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado. Pelo “X”, antigo Twitter, ele avisou que obteve as assinaturas necessárias para protocolar o pedido.
“O pedido da CPI da Braskem, responsável pelo maior desastre ambiental urbano do mundo, já tem apoio de mais de 30 senadores. O desprezo às vítimas é completado por uma farra na distribuição de dividendos. Chegou a hora de responsabilizar os autores do desastre”, avisa Renan pelo “X”.
E agora? A Braskem terá que dar respostas a vários questionamentos, inclusive porque fechou um acordo com a prefeitura de Maceió, deixando de fora o Estado de Alagoas, outros municípios da região metropolitana e as, principalmente vítimas, do “evento” geológico, que Renan prefere classificar como crime ambiental.
E CPI no Brasil é coisa séria. Pessoas, empresas. e entes públicos são obrigados por lei a prestar os esclarecimentos pedidos pela comissão. Em alguns casos, tudo acontece ao vivo, com transmissão pela TV e Internet.
A CPI em depois do inexplicável silêncio da Braskem em relação a vários questionamentos do senador e de outros políticos alagoanos.
A coluna do Paulo Capelli, no Metrópoles, traz mais detalhes da criação da CPI.
Confira:
– O senador Renan Calheiros conseguiu ultrapassar o número mínimo de assinaturas para criação da CPI da Braskem no Senado.
O grupo vai investigar as ações e omissões da empresa que resultaram no afundamento de solo que afetou cinco bairros na cidade de Maceió, capital de Alagoas.
-O pedido de criação da CPI foi apresentado nesta quarta-feira (13/9) e chegou a 33 assinaturas em poucas horas. O número mínimo para criação é de 27 assinaturas. Renan pretende pedir a instalação da comissão já nesta quinta-feira (14/9).
-O caso veio à tona em 2018, quando um tremor de terra assustou os maceioenses. Após investigações do Serviço Geológico do Brasil, foi concluído que a mineração de sal-gema feita pela Braskem comprometeu a estabilidade do subsolo em parte da cidade. Mais de 20 mil pessoas tiveram que ser transferidas da área.
-A Braskem alega já ter gasto mais de R$ 8 bilhões em processos relacionados ao caso, e diz ter mais R$ 6 bilhões provisionados.
-No entanto, segundo o pedido de criação da CPI, o processo de venda da empresa coloca em risco o cumprimento de compromissos de compensação firmados pela empresa com o Ministério Público do Estado, da União e com a Prefeitura de Maceió.
Fonte – Extra