O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou as redes sociais, nesta segunda-feira (4), para tecer críticas contra a Medida Provisória (MP) da crise hídrica e acusar Bolsonaro de querer fazer o consumidor pagar conta de R$ 33 bi com novos gasodutos.
“A conta de luz está pela hora da morte e pode ficar pior. Bolsonaro quer fazer o consumidor pagar mais R$ 33 bilhões embutidos na MP da crise hídrica. É a maior negociata já montada no país para beneficiar um empresário. Vou denunciá-la formalmente e pedir investigação do TCU.”, declara o parlamentar.
O senador se refere à MP 1.055, de autoria da Presidência da República, que recebeu parecer preliminar do deputado Adolfo Viana (PSDB-BA) na última sexta-feira (1). A Medida Provisória criou a câmara responsável por medidas emergenciais contra a crise hídrica.
Renan Calheiros também comenta que isso começou com a lei de privatização da Eletrobrás, que obrigará o governo à contratar 8 mil megawatts (MW) de usinas térmicas a gás natural.
“O esquema começou a ser montado na lei que privatiza a Eletrobrás. Agora se sabe o motivo de terem colocado uma emenda que obriga o governo federal a comprar 8 mil megawatts de energia em termelétricas a gás que ficam em locais sem gasodutos.”, afirma.
Para levar os gasodutos necessários a pontos do país onde ele, hoje, não está disponível, a câmara responsável pelas medidas emergenciais criadas pela MP 1.055 apontou, em um texto apresentado na última sexta-feira, que a conta das obras deverá ir para os consumidores de energia. É uma fatura estimada em R$ 33 bilhões pela Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocou a votação da MP 1.055 como primeiro item da pauta do plenário na segunda-feira (4). A MP tem validade até o dia 7 de novembro e precisa ser votada também no Senado.
Fonte – Jornal de Alagoas