Para reduzir as emissões de gases do efeito estufa no setor de transportes, o Brasil adota uma abordagem que inclui o fortalecimento do modal ferroviário, a melhoria da infraestrutura rodoviária e o incentivo à utilização de biocombustíveis como uma alternativa mais sustentável. Diante disso, o ministro dos Transportes, Renan Filho, fez um anúncio na última quarta-feira (13), durante a COP29, que está acontecendo em Baku, no Azerbaijão.
Segundo o ministro, as rodovias também precisam ser modernizadas. “Estradas melhores significam viagens mais rápidas e eficientes, com menos paradas e acelerações, reduzindo o consumo de combustíveis e as emissões de poluentes”, explicou.
Com a implementação dos “corredores azuis”, que oferecem gás natural liquefeito como alternativa ao diesel, a estratégia de redução de emissões no transporte de cargas se torna completa. Essa medida, segundo Renan Filho, permite uma redução de 30% nas emissões de carbono em comparação aos caminhões a diesel.
O ministro ressaltou que o Brasil, reconhecido internacionalmente por sua liderança no uso de etanol e biodiesel, está à frente no desenvolvimento do Combustível Sustentável de Aviação (SAF). “Nosso setor de transportes é um dos menos emissores de carbono no mundo graças às políticas voltadas para biocombustíveis e à matriz energética limpa do Brasil”, disse.
No evento, o Brasil estabeleceu uma meta ambiciosa: reduzir suas emissões em até 67% até 2035. “Trata-se de uma meta arrojada, mas possível, que combina sustentabilidade com crescimento econômico e redução das desigualdades”, afirmou Renan Filho.
A decisão de realizar a COP30 em Belém, na Amazônia, em 2025, demonstra o compromisso do Brasil em colocar a floresta e suas populações no centro das discussões sobre as mudanças climáticas.
Durante o COP30 Day, o governador do Pará, Helder Barbalho, ressaltou a relevância de expandir a infraestrutura de transporte na Amazônia, por meio de hidrovias e ferrovias, como um dos pilares para o desenvolvimento sustentável da região.
Com isso, o Brasil reafirma seu compromisso com a sustentabilidade, pressionando por medidas mais ambiciosas dos países desenvolvidos para combater as mudanças climáticas.