Donald J. Trump, 78, tomou posse nesta segunda-feira (20) como o 47º presidente dos Estados Unidos em uma cerimônia fechada no Capitólio, devido ao clima extremo em Washington. Foi a terceira vez na história que uma posse presidencial não ocorreu ao ar livre por causa das condições climáticas.
O republicano fez o juramento tradicional sobre duas Bíblias: uma dada por sua mãe em 1955, na época de sua formatura na Escola Primária da Igreja Presbiteriana Primeira, em Nova York, e a Bíblia de Abraham Lincoln, usada pelo 16º presidente em 1861. Esta última também foi utilizada anteriormente por Barack Obama em 2009 e 2013 e por Trump em sua primeira posse, em 2017.
Após o juramento, Trump discursou para cerca de 600 pessoas presentes no Capitólio, incluindo bilionários influentes do Vale do Silício, como Elon Musk, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos. O grupo, criticado pelo ex-presidente Joe Biden como uma “oligarquia de não eleitos”, marcou presença em uma demonstração de poder econômico e político.
Joe Biden, agora ex-presidente, participou da cerimônia em respeito à tradição de transferência pacífica de poder, um gesto que contrasta com a ausência de Trump em 2021, quando se recusou a admitir a derrota.
A cerimônia também contou com a presença do presidente argentino Javier Milei, em uma quebra de protocolo, já que chefes de Estado geralmente não são convidados para posses presidenciais nos EUA. Representando o Brasil, a embaixadora Maria Luiza Viotti esteve presente, enquanto Jair Bolsonaro, convidado por Trump, não pôde comparecer devido a restrições judiciais no Brasil.
A cerimônia inicialmente planejada para ocorrer a céu aberto foi alterada na sexta-feira (17), forçando ajustes logísticos de última hora. Apenas parlamentares, autoridades e um seleto grupo de convidados acompanharam a posse de dentro do Capitólio. Doadores importantes de Trump também ficaram de fora.
O público em geral pôde assistir ao evento no ginásio Capital One Arena, com capacidade para 20 mil pessoas. O desfile tradicional foi substituído por um discurso no local, programado para as 17h no horário de Brasília.
Trump retorna à Casa Branca com uma maioria apertada no Congresso e um Partido Republicano agora mais alinhado ao seu comando. Ele formou um gabinete composto por aliados leais, com foco em garantir a aprovação de suas propostas no Legislativo.
O republicano começa seu segundo mandato com desafios internos e externos, prometendo priorizar políticas que reforcem a economia, a segurança nacional e a presença internacional dos Estados Unidos.