O dólar apresenta alta nesta terça-feira (17), com investidores analisando a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), enquanto o cenário fiscal continua a impactar o mercado brasileiro.
A moeda chegou a subir mais de 1% logo nos primeiros minutos de pregão, alcançando R$ 6,16. No entanto, o Banco Central interveio para aliviar a pressão sobre o real, fazendo com que a alta do dólar desacelerasse, embora a moeda ainda siga operando em alta.
Após aumentar a Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, na semana passada, o Copom sinalizou que, nas suas próximas duas reuniões, previstas para os primeiros meses de 2025, outras altas semelhantes devem ocorrer, o que elevaria a taxa Selic para 14,25% ao ano.
No documento, o Banco Central afirmou que a valorização do dólar nas últimas semanas e a percepção negativa dos agentes econômicos em relação ao pacote de corte de gastos proposto pelo governo foram fatores chave para a necessidade do aumento expressivo da taxa de juros e para a previsão de novas elevações.
O pacote de cortes de gastos do governo, anunciado no final de novembro com a previsão de economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, ainda não foi votado no Congresso Nacional. O governo está trabalhando para que o texto seja aprovado ainda nesta semana, antes do recesso de fim de ano dos deputados.
Veja abaixo o resumo dos mercados:
Dólar
Às 09h45, o dólar subia ,,41%, cotado a R$ 6,1191. Na máxima do dia, chegou a R$ 6,1640.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,99%, cotada a R$ 6,0942, em um novo recorde nominal (que é o valor da moeda sem ajuste pela inflação). Na máxima, chegou a R$ 6,0980.
Com o resultado, acumulou:
- ganhos de 0,99% na semana
- alta de 1,56% no mês;
- avanço de 25,59% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice caiu 0,84%, aos 123.560 pontos.
Com o resultado, acumulou:
- queda de 0,84% na semana;
- perda de 1,68% no mês;
- recuo de 7,92% no ano.