O dólar comercial subiu 1,15% e fechou o pregão de segunda-feira cotado a R$ 5,65 na venda, o maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando atingiu R$ 5,67. Esse aumento está ligado à preocupação dos investidores com o cenário internacional e o risco fiscal brasileiro.
O Ibovespa encerrou o dia com alta de 0,69%, atingindo 124.765 pontos, impulsionado por empresas exportadoras que se beneficiaram da valorização do dólar. No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou novamente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a autonomia da instituição.
Lula questionou a falta de poder para indicar o presidente do Banco Central após ser eleito e ressaltou que a autonomia do BC é do interesse do mercado financeiro, que influencia políticas como a meta de inflação e a taxa de juros. As críticas de Lula a Campos Neto se intensificaram após o Comitê de Política Monetária (Copom) interromper o ciclo de cortes na taxa básica de juros, mantendo a Selic em 10,50%.
Além das declarações de Lula, o Banco Central divulgou o boletim Focus, que manteve uma expectativa maior para a inflação. As projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram de 3,98% para 4% em 2024 e de 3,85% para 3,87% em 2025. Lula minimizou a reação do mercado financeiro aos seus comentários sobre corte de gastos, afirmando que o mercado pode continuar votando nele, mesmo após o dólar fechar a R$ 5,51 na última quarta-feira, o maior valor desde 18 de janeiro de 2022.