A dívida pública federal (DPF) registrou um aumento de 1,85% em novembro, atingindo a marca de R$ 7,204 trilhões, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (26). Apesar do crescimento, o valor encontra-se dentro dos limites estabelecidos no Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2024.
A DPF, que representa o montante total de recursos que o governo deve a credores, como bancos, empresas e outros países, é utilizada para financiar o déficit orçamentário e investimentos públicos. A alta observada em novembro foi influenciada por diversos fatores, incluindo a emissão de novos títulos e a correção monetária da dívida existente.
O Tesouro Nacional destacou que o cenário econômico internacional, marcado pela sinalização de redução no ritmo de corte de juros nos Estados Unidos e pela incerteza pós-eleitoral norte-americana, impactou os países emergentes, como o Brasil. Essa instabilidade contribuiu para a abertura dos prêmios de risco e pressionou a curva de juros local para cima.
A expectativa é que a taxa básica de juros, a Selic, alcance 14,25% ao ano no primeiro trimestre de 2025, o que aumenta os custos de financiamento da dívida pública e impacta as contas do governo.
A reserva de liquidez, conhecida como “colchão da dívida”, apresentou um crescimento nominal de 4,09% em novembro, alcançando R$ 856,10 bilhões. Essa reserva é fundamental para garantir o pagamento dos compromissos com os credores e evitar crises de liquidez.
Apesar do aumento, o valor do colchão da dívida ainda está abaixo do registrado em novembro de 2023. Essa redução é explicada, em parte, pela necessidade de utilizar recursos para honrar os pagamentos da dívida e financiar as despesas do governo.