A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,5% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada nesta quinta-feira (27) pelo IBGE. O índice representa um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, finalizado em outubro, quando a taxa estava em 6,2%.
Apesar da leve alta, os números ainda são melhores do que os registrados no início de 2024. No mesmo período do ano passado, a taxa de desocupação era de 7,6%, indicando uma redução significativa no número de brasileiros sem trabalho ao longo do último ano. Atualmente, cerca de 7,2 milhões de pessoas estão desempregadas no país, um crescimento de 5,3% na comparação com outubro, mas uma queda expressiva de 13,1% em relação a janeiro de 2024, quando 8,3 milhões estavam sem ocupação.
Fatores que influenciam a oscilação do desemprego
Especialistas apontam que o aumento do desemprego no início do ano pode estar relacionado a fatores sazonais. O período pós-festas geralmente registra a dispensa de trabalhadores temporários contratados no final do ano, especialmente no comércio e no setor de serviços. Essa movimentação impacta os números da pesquisa e contribui para a oscilação da taxa.
Outro ponto a ser considerado é o comportamento do mercado de trabalho diante do cenário econômico. A inflação controlada e a recuperação gradual da atividade econômica favoreceram a geração de empregos ao longo de 2024, o que explica a redução significativa do número de desocupados no comparativo anual. No entanto, o ritmo dessa recuperação pode sofrer oscilações de acordo com fatores como taxas de juros, investimentos produtivos e políticas de estímulo ao emprego.
Perspectivas para os próximos meses
A trajetória do desemprego nos próximos meses será determinante para avaliar se a alta recente reflete apenas um ajuste sazonal ou se há uma mudança mais ampla no mercado de trabalho. O governo e economistas acompanham indicadores como a criação de vagas formais e a movimentação no setor de serviços para entender a tendência do emprego ao longo de 2025.
Mesmo com o leve aumento no trimestre, os números demonstram que o Brasil ainda segue em um cenário melhor do que no ano passado, consolidando uma recuperação gradual do mercado de trabalho.