Três dias após o colapso de uma ponte que ligava os estados do Tocantins e Maranhão, o caminhoneiro alagoano Beroaldo dos Santos, de 56 anos, ainda não foi localizado. O acidente, ocorrido no último dia 22 de dezembro, deixou um cenário de destruição no leito do rio, agravado pela contaminação da água por ácido sulfúrico proveniente de cargas transportadas pelos caminhões que despencaram.
As buscas, conduzidas pelo Corpo de Bombeiros, tiveram início nesta quarta-feira, 25. Até agora, sete vítimas foram encontradas, sendo apenas uma resgatada com vida. No entanto, as operações enfrentam dificuldades devido à presença de produtos químicos, escombros e vergalhões, além de pedaços de concreto da ponte colapsada.
Veículos envolvidos e primeiras vítimas
No momento do acidente, Beroaldo dirigia um caminhão de carga. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, pelo menos oito veículos caíram no rio, incluindo quatro caminhões, dois carros e duas motocicletas.
No próprio dia do desabamento, um homem foi resgatado com vida por populares e encaminhado ao hospital. Também no dia 22, o corpo de Lorena Rodrigues foi localizado.
Nos dias seguintes, mais vítimas foram encontradas sem vida, incluindo Lorrane Cidronio de Jesus, de 11 anos; Kessio, de 42 anos; e Andreia Maria, de 45 anos.
Desafios nas buscas
De acordo com o Corpo de Bombeiros do Tocantins, as operações de resgate têm sido complicadas devido à complexidade do local. Os mergulhadores lidam com o risco de contaminação química, além de obstáculos como vergalhões, fios de ferro e peças da estrutura destruída. Apesar disso, os esforços continuam para localizar as vítimas desaparecidas, incluindo o caminhoneiro alagoano.
O desabamento da ponte trouxe não apenas tragédia, mas também questionamentos sobre a manutenção e segurança das estruturas rodoviárias na região. Enquanto as buscas prosseguem, as autoridades seguem investigando as causas do acidente e a responsabilidade pelo ocorrido.