Os deputados federais não aceitaram a proposta que concedia a Mesa Diretora o poder de afastar um parlamentar por até seis meses, o que daria grande poder ao presidente Arthur Lira (PP-AL).
A resolução, que visava coibir atos de baixaria e de agressões nos corredores, nas comissões da Casa e no plenário, não tinha critérios sobre quais condutas caberiam a suspensão cautelar.
Claro que a punição dependeria da decisão dos outros seis membros da Mesa, mas era claro que Arthur Lira teria influencia decisiva porque ele lidera a turma do colegiado.
O que ficou decidido, após votação dos parlamentares, é que a Mesa Diretora cabe sugerir a suspensão ao Conselho de Ética, que por sua vez tem até três dias para aceitar ou não.
Claro que, mesmo dessa forma, o poder do presidente aumentou pelo peso político que tem ao recomendar a punição.
Especialmente porque continua indefinido quais são os critérios para a Mesa propor suspensão de mandato, o que abre espaço para sugestões meramente políticas.
Texto – Voney Malta
Fonte – Cada Minuto