A suposta carta falsa de renúncia do prefeito de Rio Largo, Carlos Gonçalves, e do vice-prefeito, Petterson Henrique, agora é alvo de investigação policial. No início da tarde desta terça-feira (1º), a Polícia Civil de Alagoas (PCAL) anunciou a criação de uma comissão de delegados para apurar a veracidade ou falsidade do documento, lido pelo presidente da Câmara Municipal, Rogério Silva, em sessão extraordinária.
A comissão foi instituída pelo delegado-geral, Gustavo Xavier, e será composta pelos delegados Igor Diego e José Carlos. Segundo Igor Diego, o principal objetivo da investigação é verificar se as cartas de renúncia apresentadas são falsas. “O objetivo da nossa investigação é verificar a falsidade das cartas-renúncias que foram apresentadas e lidas pelo presidente da Câmara de Vereadores daquele município”, afirmou.
O delegado José Carlos ressaltou que as investigações já foram iniciadas. “Nós já realizamos diversas diligências na data de ontem, hoje temos outras diligências a realizar e esperamos que nos próximos dias nós tragamos mais respostas para esse caso. Estamos trabalhando junto com o Ministério Público Estadual, que nos dá total apoio, e esperamos uma solução nos próximos dias”, afirmou.
Em meio à crise, a gestão municipal foi surpreendida com o bloqueio das contas bancárias da prefeitura pela Caixa Econômica Federal (CEF). A assessoria do Executivo classificou o ocorrido como “mais uma tentativa de golpe”.
“O município passa, hoje, por um caos administrativo instalado pelos atos do presidente da Câmara, Rogério Silva. Trata-se de mais um desdobramento da tentativa de golpe, que já atinge os serviços essenciais do município, como o abastecimento de medicamentos, serviços de limpeza pública, entre outros, afetando diretamente os munícipes riolarguenses”, informou a Prefeitura em comunicado oficial.
A crise teve início na segunda-feira (31), quando Rogério Silva leu uma carta atribuída ao prefeito Carlos Gonçalves e ao vice-prefeito Petterson Henrique, na qual ambos supostamente renunciavam a seus cargos. Pouco depois, os gestores negaram a autoria da carta e alegaram ser vítimas de uma tentativa de golpe.
Ainda na noite de segunda, Carlos Gonçalves convocou uma entrevista coletiva para reforçar sua permanência no cargo e anunciou a exoneração de Gilberto Gonçalves do cargo de Secretário Especial de Governo. As investigações seguem em andamento.