O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, expressou sua oposição às desonerações, como aquelas implementadas na gestão de Jair Bolsonaro ou aquelas relacionadas à folha de salários, tema de debate entre o governo Lula e o Legislativo. Ele acredita que tais desonerações são prejudiciais e levam a uma má alocação de recursos, comparando a política a “vender o almoço para comprar metade do jantar”.
Campos Neto defende uma política mais uniforme, sem desonerações, mas que distribua melhor os recursos. Ele também criticou a tentativa do governo Lula de realizar ajustes fiscais por meio do aumento de receitas, argumentando que isso pode levar a mais inflação.
Por outro lado, o presidente do BC reconheceu as dificuldades de cortar gastos no Brasil, especialmente devido às indexações e ao grande número de despesas obrigatórias. Ele destacou a necessidade de uma reforma nesse aspecto.
Campos Neto também observou o aumento de despesas no início do governo Lula e sugeriu que a mudança da meta de resultado primário para 2025 teve um efeito adverso nas expectativas do mercado. Ele pediu que Executivo e Legislativo ajustem sua narrativa em relação à perseguição da meta fiscal para estabilizar as expectativas.