Uma pergunta incômoda para todos os que militaram na política local com Aldo Rebelo é: “O que aconteceu com ele, que mudou tanto de posição política?”
A resposta pode vir com alguma irritação – e consequente xingamento – ou com a mesma perplexidade da indagação.
Rebelo não é um personagem qualquer. Ele foi o responsável pela formação política de vários nomes de destaque da esquerda em Alagoas, e que hoje têm dificuldade de explicá-lo.
O “Amarelo”, como ficou conhecido por aqui, é um sujeito brilhante, de rara formação intelectual no meio político e de ideias que correspondiam àquilo que a esquerda pensava (e ainda pensa, imagino).
Não é nem será o primeiro a “virar a casaca”, mas vê-lo hoje como uma das principais referências para o bolsonarismo é, no mínimo, estranho e difícil de traduzir.
Ele tem direito, ressalto, de ser o que bem quiser. Acho apenas que ele não mudou por causa de grana, seja lá qual for o seu motivo para a transformação.
Aos que me perguntam “o que houve” com Aldo Rebelo, digo apenas que eu só sei de mim.
Texto – Ricardo Mota
Fonte – Cada Minuto