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Condenado nesta quinta-feira, 25, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Fernando Afonso Collor de Mello tem uma longa trajetória na política brasileira. Nascido no Rio de Janeiro em 1949, Collor logo chegou a Alagoas, onde começou a construir sua carreira política.
Filho do ex-senador Arnon de Mello, Collor foi prefeito de Maceió de 1979 a 1982, deputado federal de 1982 a 1986 e governador de Alagoas de 1987 a 1989.
Foi ocupando a cadeira de governador de Alagoas que Collor começou a ganhar projeção nacional: ao empreender uma campanha contra funcionários públicos que recebiam salários desproporcionais, Collor ficou conhecido como “caçador de marajás”.
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Collor chegou à presidência da República na primeira eleição direta depois do fim da ditadura militar, quando venceu Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. O mandato ficou marcado pelo Plano Collor que, dentre as medidas adotadas, determinou o confisco da maior parte do dinheiro da poupança dos brasileiros numa tentativa de conter a inflação. O plano fez a popularidade de Collor despencar já no início do mandato.
A corrupção também foi uma marca dos anos de Collor na presidência. Denúncias feitas pelo irmão, Pedro, envolveram o tesoureiro de Collor, Paulo César Farias, que tinha uma conta fantasma usada para pagar despesas pessoais do presidente.
Uma CPI foi instalada e Collor passou a sofrer pressão de parlamentares e da população. Depois da abertura de um processo de impeachment, Collor decidiu renunciar durante a sessão que poderia cassar o mandato dele. O vice Itamar Franco assumiu a Presidência e Collor se afastou da política por alguns anos e foi morar nos Estados Unidos.
De volta à política
Collor voltou à cena política em 2002, quando foi derrotado na eleição para governador de Alagoas. Depois, em 2006, foi eleito senador por Alagoas e ficou no cargo por dois mandatos, ou seja, 16 anos. Nesse período, se envolveu no escândalo que o levou agora à condenação pelo STF.
Collor deixou o congresso no início de 2023. Em 2022, ele tentou novamente se eleger ao governo de Alagoas e foi derrotado.
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Operação Lava Jato
O caso pelo qual Collor foi julgado no STF é um desdobramento da Operação Lava Jato e envolve também outros dois réus: os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos. O primeiro é apontado na denúncia como administrador de empresas de Collor; o segundo seria o operador particular do ex-parlamentar.
Na próxima quarta-feira, 31, os ministros devem dar continuidade à discussão sobre a dosimetria da pena de Collor. A proposta de Fachin, relator do caso, é a de que Collor seja sentenciado da seguinte maneira:
- cinco anos e quatro meses por corrupção passiva
- quatro anos e um mês por participação em organização criminosa
- 24 anos, cinco meses e dez dias por 107 atos de lavagem de dinheiro
Fonte – Extra
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