O governo do estado rebate a informação de uma pesquisa realizada pelo site Brasil em Mapas, que colocou Alagoas no topo da lista dos piores lugares para se viver no Brasil. A pesquisa enfatizava se basear em indicadores oficiais e negativos, levando em consideração índices na saúde, educação, renda e segurança. Segundo a pesquisa, que gerou matéria para vários veículos de comunicação, como o Pronatec e o jornal Extra.
O governo do estado, no entanto, apresenta indicadores positivos de qualidade de vida e a crescente melhora nas áreas pontuadas de forma equivocada, sem observar o que dizem os órgãos oficiais, pela pesquisa do Brasil em Mapas. O governador Paulo Dantas, por exemplo, o ranking nacional, divulgado todos os anos pelo Centro de Liderança Pública (CLP), no qual os estados são avaliados em 10 pilares e tem o objetivo de orientar os líderes políticos. No ranking do CLP Alagoas, até o ano de 2017, amargou a 24º posição, mas atualmente ocupa a 14º posição geral, sendo o 3º melhor estado do Nordeste, assegura o governador.
Também nesse ranking, Alagoas aparece como o 3º estado brasileiro em solidez fiscal, condição fundamental para o crescimento sustentado de longo prazo de um ente federativo, segundo o próprio CLP, cita Dantas.
Leia abaixo as avaliações do governador, que pontua Alagoas como o melhor lugar para se viver.
O melhor lugar para se viver
PAULO DANTAS – GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
Temos oficialmente 205 anos de história. Alagoas é um estado nordestino que, secularmente, convive com a seca, com a falta do olhar do Estado brasileiro e com a falta de perspectiva. Mas isso tem mudado para melhor, graças a Deus, ao povo alagoano e ao governo do Estado, nos últimos anos.
Vamos analisar a construção de um índice de qualidade de vida de um Estado com base em uma série de variáveis, com critérios bem claros e justos. Neste sentido, proponho que revisitemos alguns dados e indicadores em que Alagoas apresentou avanços reais.
Antes, quero destacar que existe um ranking nacional, divulgado todos os anos pelo Centro de Liderança Pública (CLP), no qual os estados são avaliados em 10 pilares e tem o objetivo de orientar os líderes políticos.
No ranking do CLP, Alagoas até o ano de 2017 amargou a 24º posição, mas atualmente ocupa a 14º posição geral, sendo o 3º melhor estado do Nordeste.
Dentro dos pilares avaliados, somos o Estado com a 1ª posição do Nordeste e o 3ª nacional em solidez fiscal – condição fundamental para o crescimento sustentado de longo prazo de um ente federativo, segundo o próprio CLP –, premissa de que não abro mão, bem como o 2º lugar do Nordeste em segurança pública.
Em relação aos indicadores de qualidade de vida abordados em recente matéria nacional, que utilizou a mesma base de dados, aponto que avançamos do último lugar (27º) para o 24º no Brasil, em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Educação – calculado a partir da quantidade média de anos de estudo de uma população, de 2015 a 2021 (Atlas Brasil – PNUD).
Analisando o desdobramento dos dados, Alagoas conseguiu acelerar a redução do analfabetismo para pessoas de 15 anos ou mais de idade de 2016 a 2021, diminuindo em 4,68 pontos percentuais, enquanto que no Brasil foi de 1,62%. Destaco também para o programa Vem Que Dá Tempo, que até junho de 2023 certificou aproximadamente 45 mil pessoas no ensino fundamental, superando a série histórica de 2 mil certificações por ano.
Segundo PNUD, em anos de estudo no estado de Alagoas a média subiu 1,23 ano, também em uma média superior ao Brasil, que foi de 0,78 ano. Uma das questões que mais influenciam na avaliação da qualidade do ensino é a frequência escolar, ponto onde Alagoas se destaca, sendo o Estado que mais cresceu na Frequência Líquida do Ensino Médio, entre 2020 e 2021. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) – medido em três dimensões do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda – demonstra o crescimento na frequência escolar, passando de 26º para 18º.
Além disso, o Estado tem assumido o compromisso de investimento em educação básica, que pela Constituição Federal é obrigação dos munícipios. Já foram 41 creches Cria entregues, que demonstram nosso foco no sistema educacional desde a base.
Sobre a população em situação de pobreza, segundo o PNAD, Alagoas apresentou uma redução de aproximadamente 7% de 2018 para 2022, em que pese todos os desafios enfrentados durante a pandemia de Covid-19 e ausência de repasse de recursos pelo Governo Federal nos últimos 4 anos.
Na área do combate à pobreza extrema, o governo de Alagoas foi referência para o novo governo federal, por meio do programa Criança Alagoana (Cria), que transfere R$ 150 por mês para mais de 150 mil gestantes e mães de filhos com até 6 anos. O estado também manteve, com recursos próprios, a continuidade do Programa do Leite, atingindo cerca de 90 mil beneficiários.
Já na Segurança Pública, os dados fornecidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nos permitem realizar uma análise sobre o panorama da violência letal em Alagoas. No período de 2015-2021, o índice de mortes violentas por 100 mil habitantes recuou de 49,5 para 31,8.
Em 2021, o estado apresentou um índice de mortes violentas inferior ao de seus principais vizinhos. Fica evidente o esforço em promover a segurança em Alagoas, visto que o estado ocupa a 14ª posição no ranking dos estados que mais investem nessa área no país. Está à frente até mesmo de São Paulo.
Conforme apontado pelo Anuário de Segurança Pública, destaca-se que, no ano de 2021, os investimentos em segurança no estado de Alagoas foram R$ 419,96 per capita, enquanto a média do Nordeste foi de R$ 362,60.
Com base nesses dados, o Programa das Nações Unidas (PNUD) revelou que Alagoas deixou a amarga última posição do Ranking Geral do IDH, atingindo o índice de 0,712 (descontando o período Covid-19), que posiciona Alagoas no patamar de índice elevado (0,700-0,799) dentro da classificação da instituição internacional.
Por fim, ressalto que o ciclo de fóruns regionais e oficinas que foram realizadas para a formulação do Plano Plurianual para 2024-2027, demonstram que o Governo ampliou o diálogo com os cidadãos e atores da sociedade, reconhecendo que as políticas públicas dependem de um ciclo de implementação para avaliação, maturação e análise dos resultados.
Melhoramos na educação, na saúde, na segurança pública e no combate à pobreza. Agora já vemos um resgate também da autoestima do alagoano. Estamos mostrando que vivemos e cuidamos do nosso lugar, porque o melhor lugar para se viver é o nosso!
Fonte – Extra