O reconhecimento dos profissionais que mantêm o funcionamento diário das escolas públicas está no centro de uma disputa política no Congresso. O deputado federal Daniel Barbosa (AL) tem se movimentado para garantir a relatoria do Projeto de Lei 2531/2021, que cria um piso salarial nacional para os profissionais técnico-administrativos e operacionais da educação básica. A proposta visa assegurar melhores condições salariais para categorias como secretários escolares, vigias, merendeiras, auxiliares de sala e motoristas do transporte escolar, trabalhadores fundamentais para a rotina escolar, mas que historicamente enfrentam baixos salários e pouca valorização.
A iniciativa tem ganhado força com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que vê no projeto uma oportunidade de corrigir distorções salariais e garantir direitos a esses profissionais. Em um esforço para acelerar a tramitação, a entidade já marcou um Dia de Mobilização Nacional em Brasília, no qual trabalhadores da educação irão pressionar parlamentares a avançar com a proposta.
Barbosa reforça a necessidade de tirar o projeto do papel e garantir que esses trabalhadores tenham um salário condizente com sua importância para o sistema educacional. “Esses profissionais são a base das escolas públicas e precisam de um salário digno. O texto precisa avançar e sair do papel”, declarou o deputado.
Nos bastidores, o parlamentar alagoano tem buscado apoio entre seus colegas para garantir a relatoria da proposta, o que lhe daria um papel estratégico na definição do parecer e na condução dos debates sobre o tema. Além disso, Barbosa pretende atuar em sintonia com a categoria e com entidades representativas para garantir que a proposta seja priorizada na agenda do Congresso.
O caminho para a aprovação ainda é longo, e a proposta deve enfrentar debates sobre impactos financeiros e ajustes no orçamento. No entanto, com a mobilização crescente da categoria e o empenho de parlamentares favoráveis à medida, o projeto pode ganhar força nas próximas semanas. Para os trabalhadores da educação básica, a expectativa é de que a pressão política resulte na valorização de uma categoria que há anos reivindica melhores condições salariais e reconhecimento pelo seu papel essencial no ambiente escolar.