O CSA entrou nesta terça-feira, 18, com um pedido de recuperação judicial na Vara Cível da Comarca de Maceió. No pedido encaminhado à justiça de Alagoas, o clube alegou que passa por um crise financeira, “especialmente diante das quebras de receita por frustração de objetivos esportivos e acúmulo das dívidas ao longo dos anos”.
O valor estimado da dívida é de R$ 20 milhões. De acordo com o presidente do CSA, Rafael Tenório, esse valor é referente a gastos da gestão anterior com o aluguel do CT Nelsão, fornecedores, débitos trabalhistas e previdenciários.
No pedido encaminhado à justiça, o CSA justifica que a crise financeira foi causada pelo impacto da crise econômico-financeira brasileira no futebol, que teve início por causa da pandemia, além dos gastos com o aluguel do CT Nelsão e da construção do novo Centro de Treinamento do clube, o CT Gustavo Paiva, que está 70% concluído.
O clube cita ainda o desempenho do time, que caiu para a Série C do Brasileirão e a não se classificou para a segunda fase da Copa do Nordeste. No Campeonato Alagoano, o CSA chegou na semifinal, mas não foi classificado para participar da final do campeonato. Quanto a Copa do Brasil, o clube chegou até a terceira fase da competição.
Para o CSA, por meio do processo de recuperação judicial será possível otimizar os custos do clube, equilibrar a situação econômico-financeira atualmente suportada pelo elevado endividamento, manter a função social e a
preservação dos empregos gerados pelo clube e promover a circulação de riqueza e tributos.
Além disso, o CSA afirma que o processo de recuperação judicial dará condições para o clube voltar a desempenhar o seu protagonismo no cenário do futebol nacional. Para o CSA, o time tem condições de se classificar para as próximas fases da Série C e de subir para a Série B do Brasileiro.
O clube informou ainda a intenção de se tornar Sociedade Anônima do Futebol (SAF), um tipo específico de empresa criado pelo Congresso em 2021. A legislação estimula que clubes de futebol migrem da associação civil sem fins lucrativos para a empresarial. A Lei da SAF, como ficou conhecida, incentiva a mudança para este formato de clube-empresa, que dispõe de normas de governança, controle e meios de financiamento específicos para a atividade do futebol.
O CSA como pontos que evidenciam a viabilidade financeira do clube:
- as projeções otimistas para a economia;
- a história e tradição do clube;
- a força da torcida do CSA;
- a equalização do passivo, a captação de novos investimentos e patrocinadores e a expectativa do retorno para a série B do Brasileiro e participações em outros campeonatos de relevância nacional ;
- o desenvolvimento da sua categoria de base;
- a contenção de gastos e despesas;
- a renegociação com credores para adequação do seu passivo, em conformidade com o tamanho do negócio,
após o ajuizamento da recuperação judicial; - a criação de SAF.
Fonte – Extra