Quando a mina de sal-gema de número 18 colapsou, as autoridades públicas alagoanas se esforçaram para mostrar preocupação e buscar socorro federal. Objetivo era diminuir o impacto ambiental e urbano do buraco que se formou dentro da Lagoa Mundaú, mas também neutralizar a fúria das redes sociais, além da repercussão nacional e internacional deste episódio.
Lógico que a pressão das famílias vítimas da mineração e próximas da área sob risco de afundamento pesou nestes movimentos, mas também a voz do chamado setor produtivo: donos de hotéis de luxo reclamaram da queda do faturamento porque turistas desmarcavam viagens a Maceió, num momento em que a capital se veste de Papai Noel e prepara uma festança de ano novo, a última antes das eleições. E o setor produtivo usa toda a sua influência para chegar diretamente a seus representantes, principalmente em Brasília.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, indicado pelo Centrão, verbalizou as preocupações e deu garantias: “Sem dúvida nenhuma é um dos lugares mais bonitos do Brasil a ser conhecido, então mantenha a sua viagem. Se você está pensando ainda em ir para Maceió, mantenha os seus planos, vá conhecer e fazer turismo no Brasil, especialmente em Maceió”, disse. Não houve recado para as famílias atingidas pelo afundamento de 5 bairros e desalojadas de suas casas.
Fonte – Extra